Somando-se à crise já existente no Canal de Suez, uma seca histórica no Canal do Panamá, via responsável por ligar os oceanos Pacífico e Atlântico e de suma importância para o transporte de cargas marítimas por todo o mundo, tem causado grandes transtornos logísticos. Devido à situação climática, as autoridades foram forçadas a diminuir a travessia de navios em 36%. Em condições normais, cerca de 36 navios cruzariam o canal diariamente, porém, com as reduções, a previsão é de que em fevereiro esse número reduza para um limite de 18 embarcações por dia.
A Maersk, um dos principais operadores de navios global, anunciou que os navios vindos da Austrália e da Nova Zelândia não utilizarão mais essa rota. Muitas de suas cargas também passarão a utilizar o transporte terrestre ao invés do marítimo.
A combinação das reduções de fluxo e mudanças de rotas por conta do baixo volume de água trarão custos entre 500 e 700 milhões de dólares no ano de 2024, segundo Ricaurte Vasquez, administrador do Canal do Panamá. Além disso, a fila para cruzar o Canal ou a utilização de rotas mais longas torna os processos internacionais mais lentos e custosos, acarretando elevados custos financeiros para os comerciantes.
O que fazer diante desses desafios?
À medida que as indústrias se adaptam a esses desafios, é essencial reconhecer a importância crítica do canal para o comércio global e a necessidade premente de planejar e investir em infraestrutura para enfrentar os desafios climáticos futuros.
A crise no Canal do Panamá ressalta a importância de construir cadeias de suprimentos resilientes e implementar estratégias de gerenciamento de risco. As empresas devem considerar a diversificação das rotas de transporte, identificar fornecedores alternativos, investir na colaboração estreita com fornecedores confiáveis e em tecnologias que melhorem a visibilidade e a agilidade da cadeia de suprimentos. Além disso, é crucial antecipar essas possíveis interrupções e desenvolver planos de contingência para mitigar o impacto da seca e garantir a continuidade operacional.
